Os anos que trabalhei na
indústria alimentícia me proporcionaram um conhecimento teórico e prático sobre
os mais diversos ingredientes culinários. Muitos anos depois fui forçado a
encostar literalmente a barriga no fogão por uma questão prática: Meu horário
de trabalho na Entrelivros® se inicia às 5:00 da manhã, retornando a minha
residência por volta do meio dia. Minha mulher inicia sua jornada lá pelas 12:00
horas e vai até as 18:00, ocorre que qualquer problema que ocorra nesse horário
prolonga seu expediente de poucos minutos a até algumas horas. Se eu ficasse no
aguardo de sua chegada para preparar nosso jantar, fatalmente jantaríamos
alguns dias às 2:00 horas da manhã, fato que ocorreu muitas vezes antes de me
decidir a assumir o comando de nosso jantar diário, a outra opção era a
tradicional pizza ou sanduíches diversos.
Daí para me organizar e
colocar em prática o muito que já sabia na teoria foi um pequeno passo. Pesou
muito também o incentivo de minha mulher, sem isto certamente estaríamos até
hoje comendo pizzas, sanduíches e pipocas.
A indústria alimentícia
é necessária e indispensável nos tempos atuais, acho uma utopia acreditar que
toda a população mundial possa ser alimentada somente com alimentos in natura. Sem
os alimentos industrializados, certamente a fome mundial seria muito pior do
que já é. Os preços dos insumos disparariam causando assim uma reação em
cadeia, preços mais altos, mais famintos! Mas essa indústria que serve ao
homem, não pode ser tão gananciosa a ponto de colocar a saúde dele em risco. De
que adianta ter o que comer e ter a vida encurtada em razão de doenças causadas
pela qualidade do alimento? O consumidor tem o direito de saber pormenores
sobre a composição exata de qualquer alimento que vai ingerir.
O que você vai ler
abaixo é o resumo de minha experiência com os utensílios culinários e com a
preocupação da saúde de minha família. Você pode até discordar de alguns
tópicos, o que está aqui é apenas uma
experiência pessoal de alguém que resolveu pesquisar e ir a fundo sobre a
qualidade do que ingerimos.
Não cito marcas para
evitar um possível processo judicial de indústrias que porventura se sintam
prejudicadas, ou até para evitar que alguém levante a questão que estou
ganhando algum por fora por recomendar ou malhar este ou aquele produto. Não
sou químico, não faço análises químicas ou bacteriológicas, o que afirmo são
conclusões a que cheguei no dia a dia e informações bastante confiáveis que coletei
ao longo de mais de 30 anos de lida com alimentos a que felizmente tive acesso.
Isto que você vai ler
abaixo não será publicado em nenhum jornal ou revista de culinária, pelo
simples motivo de ferir os interesses dos patrocinadores e anunciantes desse
tipo de publicação. Portanto passe estas informações livremente a quem se
interessar em obter mais qualidade de vida. Acostume-se a ler atentamente
rótulos, principalmente suas letras miúdas e fique sabendo que a ordem dos
ingredientes mencionada no rótulo de cada embalagem é proporcional à quantidade
empregada naquele produto, e você certamente se espantará ao ver que alguns
achocolatados contém mais açúcar do que chocolate propriamente, e por aí vai!
Só menciono aqui aquilo
que presenciei pessoalmente, há comprovação em estudos ou fortes suspeitas
baseadas em pesquisas, deixei de lado inúmeras informações que recebo
diariamente com poucas bases e que considero algumas como lendas urbanas ou
invencionices de alguém que tem pouco o que fazer.
1 – Gordura Trans
Não adquira nada que
contenha gordura trans, por menor que seja a quantidade adicionada. Costumam
conter este tipo de gordura: bolachas, biscoitos de polvilho, pães, batatas
fritas ou pré-fritas congeladas, margarinas, pipocas de micro-ondas, sorvetes,
panetones e pasmem queijos de algumas marcas bastante conceituadas. Cá entre
nós, queijos que contenham gordura trans, podem ser tudo menos queijos. No
natal de 2007 aqui em casa não entrou panetone, todos continham este
ingrediente. Este ano a maior parte das indústrias, aquelas que respeitam o
consumidor, já substituíram este tipo de gordura. O consumidor brasileiro não
sabe a força que tem! Deixando de consumir um produto, a indústria rapidamente
terá que fazer as alterações no mesmo para que não fique abandonado na
prateleira. Foi o que ocorreu com pães industrializados cujo consumo está
centrado nas classes A e B que impõem mais eficientemente suas exigências, a
gordura trans nestes produtos foi substituída rapidamente já há dois anos. Já
bolachas e biscoitos cujo consumo está centrado nas classes C e D, que
infelizmente por desconhecimento e pouco acesso aos meios de informação, não
impõem suas exigências como deveriam, só neste ano de 2008 começam a ter a
gordura trans substituída. Prefira manteiga no lugar de margarinas, desde que
você faça uso não abusivo é mais saudável, mas use só para passar no pão, nunca
a use para fritar alguma coisa ou ela se transformará na famigerada gordura
trans. Nunca adquira manteiga em caixinhas plásticas, ela é fundida portanto
com gordura trans, prefira sempre em pacotes embrulhados em papel alumínio. Mas
muito cuidado também com gordura saturada, a manteiga é uma delas, portanto
consuma com moderação porque ela é também bastante prejudicial à saúde humana. Não
vou repetir aqui os malefícios da gordura trans, por ser um assunto já bastante
divulgado na imprensa, TV e internet.
Algumas indústrias em
substituição à gordura trans estão usando gordura interestificada que nada mais
é do que óleo vegetal combinado com ácido esteárico e vários catalisadores
alcalinos. Este tipo de gordura se ingerida provoca a diminuição da produção de
insulina. Provavelmente é pior ainda do que a trans e o que agrava muito o
problema é que a legislação brasileira ainda não obriga que conste do rótulo
dos produtos, portanto não adianta procurar naquele quadrinho que especifica as
gorduras. Quando na composição consta gordura vegetal, muito provavelmente ela
estará presente.
2 – Carnes Embaladas
Não adquira nada
embalado, estou falando de salsichas, lingüiças, bacon, carne bovina, carne
suína, carne seca, etc. Prefira sempre os mesmos produtos a granel, são mais
baratos, mais saudáveis e por mais que o fabricante afirme que o produto é o
mesmo, pode crer que não é! Mas esteja atento a como estão expostos: carnes
frescas, salsichas e linguiças frescas precisam estar sob refrigeração, carne
seca, bacon e linguiça defumada, não precisam de refrigeração, mas precisam
estar fora do alcance de insetos. Comprando estes produtos a granel você ajuda também
a diminuir o lixo tão danoso ao meio ambiente, ou você acredita mesmo que
aquela embalagem plástica que contém a inscrição “reciclável” vai mesmo ser
reciclada? Para sua informação na cidade de São Paulo o lixo realmente
reciclado não chega a 3%, considerando-se como total apenas a parte do lixo que
poderia ser reciclada. No resto do país a realidade é muito pior.
3 – Carnes Temperadas
Não adquira aves ou
carnes temperadas, por mais famosas que sejam suas marcas, estes temperos são
sempre químicos e estão a anos luz de distância do tempero natural que você usa
em sua casa. São desenvolvidos e usados para mascarar sabores indesejáveis em animais
com alterações genéticas.
4 – Molhos de Tomate
Não consuma em sua casa
nenhum molho à base de tomate, seja ele polpa, purê, extrato, etc. embalados em
caixinhas, latas ou vidros, dentro destas embalagens há até tomates, sem contar
a quantidade de insetos moídos presentes em algumas marcas. Adquira tomates de
preferência orgânicos, sua saúde agradecerá e certamente se surpreenderá com o
sabor deles.
5 - Açúcar
Use açúcar cristal
orgânico, demerara ou mascavo que é a rapadura moída e deve conter pedaços da
mesma, se for fininho e sem pedaços é simplesmente açúcar refinado acrescido de
caramelo que é pior do que o refinado propriamente, no lugar do açúcar refinado
comum, este último é uma bomba química de clarificantes, conservantes,
precipitadores e anti-humectantes altamente prejudicial à sua saúde,
principalmente crianças, e a diferença de preços não é tão grande, você ganhará
em saúde e bem estar. Se retirarmos do açúcar mascavo as fibras, proteínas,
sais minerais, vitaminas, etc. restará somente o carboidrato, por isto devemos
classificar o açúcar branco como produto químico e não como alimento. A frase
“açúcar é energia” é de uma falsidade gritante, uma vez que o organismo humano
necessita apenas da glicose, que é uma ínfima parte do carboidrato. O açúcar
refinado distribuído no nosso mercado interno só existe por aqui e é bem
diferente do açúcar que é exportado. Há 30 anos que a indústria promete
interromper sua produção, mas o fator lucro fala sempre mais alto em detrimento
da saúde da população.
6 - Café
Você gosta de café
forte? Bem forte? Então use maior quantidade de pó do que de costume, mas não
use qualquer produto que contenha no rótulo a expressão “extra-forte” ou
“intenso”, trata-se de produto de baixa qualidade adicionado de varredura de
café solúvel, o que torna o café realmente mais forte, mas com o paladar bastante
prejudicado.
Café expresso em
capsulas é bastante prejudicial ao meio ambiente. As capsulas já utilizadas não
são recicláveis pelo seu tamanho reduzido e por serem compostas de alumínio e
plástico e resíduo de café. Algumas marcas já dispõem de capsulas não
descartáveis que você usa, lava e reutiliza. Pode até dar mais trabalho mas o
meio ambiente agradece.
7 – Feiras Livres
Há uma série de produtos
que são de melhor qualidade na feira-livre, nem sempre os preços são mais
baixos em relação aos supermercados, como eram antigamente, mas você sempre
sairá ganhando na qualidade, durabilidade e variedade: verduras, frutas,
cebola, alho, batata, tomate, temperos e ovos são alguns deles. Se em sua
cidade existe esta modalidade de comércio, faça uma visita, é vantajoso. Na
cidade de São Paulo já existem diversas feiras de produtos orgânicos,
informe-se na internet.
8 - Frango
Se você gosta de frango,
seja ele inteiro, partes selecionadas ou miúdos, prefira sempre o congelado evite
o chamado “resfriado”. Este último para aguentar mais tempo na gôndola do
supermercado sem que apodreça, contém aditivos químicos prejudiciais à sua
saúde como veremos detalhadamente mais abaixo.
Carne de frango com
hormônio? Isso é lenda! Hormônios são caros demais para serem aplicados na
carne de frango ou outros animais. O que ocorre é que consomem ração à base de
soja que contém Isoflavona que é um hormônio com explico mais abaixo no item
32.
9 – Caldos Preparados
Caldos de Galinha, de
carne e principalmente os mais modernos de picanha e costela: Entenda-se como
caldo a infusão base para sopas, risotos, molhos etc., cujo sabor derive de sua
procedência, ou seja caldo de galinha tem o sabor galinha e o sabor galinha
deriva da parte gordurosa desta ave. Isto vale para todos os outros sabores.
Portanto veja bem, caldo com 0% de gordura pode ser tudo menos caldo! Nesse
caso você se livra de morrer de enfarte devido a não consumir a gordura
saturada da galinha, mas provavelmente morrerá de câncer devido à química do
sabor falso da galinha, da picanha ou da costela. Se você acha indispensável o uso
de caldos, faça-os em casa, é fácil e saudável.
10 – Óleo Vegetal
O mais saudável
atualmente é o de girassol, o de milho muito provavelmente é de milho
transgênico, o de soja com certeza também deriva de soja transgênica e, além
disso, tem aditivos químicos adicionados a ele por ser um óleo instável não
mantendo seu teor de acidez sem eles. O de canola, bastante caro e alardeado
como sendo muito saudável, não prova esta qualidade devido a ser extraído de um
vegetal transgênico da família da mostarda e da colza. No refino é eliminado
quase totalmente o ácido erúcido que é altamente tóxico ao ser humano. Note que
eu citei “quase”, o que fica continua altamente venenoso ao ser humano.
Estendendo mais um pouco
este tópico, nem pense em reaproveitar óleo, seja ele de qualquer qualidade,
uma vez aquecido, sua acidez vai a níveis bastante altos e de um dia para o
outro este óleo conterá peróxidos altamente prejudiciais à saúde humana. Faça
economia em outras coisas, não em sua saúde. Óleo usado depois de frio deve ser
embalado em garrafas plásticas usadas e encaminhado a locais que o reaproveitem
para fins não alimentícios.
11 - Sal
Prefira sal moído no
lugar do sal refinado, na maioria dos supermercados está disponível na seção de
produtos naturais. Sal moído é apenas e tão somente “sal” com seus compostos
naturais. O sal em seu refino perde enxofre, bromo, magnésio e cálcio e é
acrescido de iodo, segundo a lei vigente, na verdade o que se adiciona é iodeto
de potássio que o torna de coloração roxa, é adicionada dextrose como estabilizante e carbonato de
sódio como alvejante para que possa ser comercializado . O sal refinado não é
um alimento e sim um produto químico, o “Cloreto de Sódio”. Depois de algum
tempo consumindo sal moído, você não mais conseguirá usar o sal refinado por
achar o mesmo com sabor estranho.
O sal moído é alvo
constante da indústria de sal refinado que tenta há tempos que seja proibida a
sua comercialização, até agora conseguiram que não conste mais da embalagem
deste a expressão “Sal Marinho” e a proibição da venda em lojas de produtos
naturais que sejam anexas a farmácias. Com o uso de sal marinho você não estará
livre dos problemas causados por derivados de sódio, o mais comum a hipertensão.
Portanto use sempre em quantidades pequenas.
12 - Batatas
Você consome batatas in
natura em sua residência? Provavelmente a resposta é afirmativa, mas fuja
daquela do tipo lavada que é limpinha e bonita. Prefira a que é suja de terra.
Aquela limpinha, para que não apodreça rapidamente após ser lavada, é tratada
com antibióticos, mais precisamente: Nistatina. Além disso é comum conterem
Clorprofame que nada mais é do que um herbicida perigoso, para que seja inibida
a brotação. Não precisa dizer mais nada, não é? Não adquira batatas cuja casca
esteja verde, mesmo que apenas uma parte, isto indica que a mesma está exposta
à luz há um longo tempo e já se iniciou o processo de fotossíntese estando
assim imprópria para o consumo como alimento.
13 - Arroz
Você prefere arroz
parbolizado ao comum? Nada contra a sua preferência, afinal ele fica sempre
soltinho e pode ser requentado que fica igual ao feito na hora! Os donos de
restaurantes de baixa categoria adoram este tipo de arroz. Mas nem que seja só
por curiosidade é bom você saber como ele é processado, depois a decisão é sua:
O arroz com casca é colocado em grandes tanques com água quente, até que se
inicie o processo de apodrecimento, foi isso mesmo que você leu! A teoria que
justifica isto é que com este processo as vitaminas da casca passam ao grão pré-gelatinizado pelo
apodrecimento. Depois deste processo o cereal é seco em estufas, descascado,
polido e embalado para venda. Prefira o arroz integral que aí sim você estará
consumindo todos os compostos vitamínicos do grão.
14 - Temperos verdes
Salsa, coentro,
manjericão, manjerona, alecrim e outros, prefira sempre os in natura. Por uma
questão de clima, insolação e variedades, no Brasil estes mesmos temperos
quando desidratados perdem muito de seus óleos essenciais, sobressaindo o sabor
da clorofila. O melhor é você fazer em casa uma pequena horta para ter estes
produtos sempre frescos, use uma jardineira e coloque-a em um local que tenha
insolação de algumas horas diárias. As sementes você adquire em floriculturas e
até em supermercados. É possível ter uma pequena horta de temperos até em
apartamento.
15 – Panelas
Há no mercado de
diversos materiais e cada piloto de fogão tem suas preferências, mas aconselho
que fique longe das de alumínio e das antiaderentes, as primeiras por soltarem
resíduo de alumina, em pequena quantidade, mas o fato é que soltam mesmo e as antiaderentes
porque o revestimento inevitavelmente com o uso vai se soltando e a parte que
se soltou por menor que seja, vai misturar-se com seu alimento. 90% dos
cidadãos americanos acusam a presença em seu sangue de ácido perfluoroctano em
pequena quantidade e isto é um dos fatores associados a uma maior incidência de
câncer nos últimos 50 anos na população americana. A presença de alumínio no
cérebro de portadores de Alzheimer é assustadoramente alta.
As de cobre liberam
toxinas no alimento e as revestidas com níquel são ainda piores,
Eu prefiro as de pedra
sabão que uso no dia a dia, tenho algumas de ferro para usos específicos, uma
de barro para peixes ensopados, que em hipótese alguma deve ser vitrificada
devido a presença de óxido de chumbo nesse tipo de revestimento, e algumas de
aço inox. Frigideira para frituras tem que ser de chapa de ferro, nenhuma outra
é melhor. Panela de pressão eu acho dispensável e inútil, mas se você pensa ao
contrário, prefira uma de aço inox, além de mais segura é bem mais saudável.
16 - Limão
Não adquira nenhum
produto industrializado que diga conter suco de limão em sua fórmula. O suco
desta fruta depois de extraído só poderá ser conservado por congelamento a -25
graus sendo, portanto impossível estar presente naquele molho para salada ou
tempero, sejam eles em pó ou líquidos. O que há nestes produtos é ácido
cítrico, que não é o mesmo que suco de limão! Caipirinha em sachê é engana
trouxa! Você gosta de ser enganado?
17 – Embutidos e Congelados
Você sabia que
hambúrgueres, almôndegas, mortadelas, salsichas e algumas lingüiças chegam a
ter até 90% de proteína de soja? Sem levar em conta os malefícios da soja
relatados no item 31, mais uma vez afirmo que não gosto de ser enganado e
certamente você também. Portanto, hambúrgueres e almôndegas, só feitos em casa.
18 - Praticidade
O tempo é curto e você
cozinha por necessidade, então abrevie o tempo que você passa na cozinha.
Adquira um processador de alimentos, mas um que seja só processador recuse
aqueles que são também centrífuga, espremedor de laranjas, liquidificador, etc.,
por mais prático que possa parecer, estes acessórios nunca funcionam tão bem
como os adquiridos separadamente, pode crer, servem apenas para você pagar mais
caro o eletrodoméstico que funciona mal. Em um processador você pica cebola,
alho, cenoura, pimentão e muitos outros ingredientes. Coloque o que você
processou em uma forma de gelo e leve ao freezer ou mesmo ao congelador da
geladeira, só que neste caso por alguns dias somente. Assim você terá sempre à
mão os temperos do dia a dia sem aquela trabalheira toda de picar temperos cada
vez que vá utilizá-los. Mas não vá usar essa mesma forma para fazer gelo para o
seu uísque, use uma forma ou várias só para temperos.
No processador você
também mói carne, aliás, você sabia que a carne depois de moída entra em
deterioração em 30 minutos? Pense nisto quando você comprar aquela bandeja de
carne moída muito bonita lá no supermercado. Mesmo se você pedir para moer a
carne na hora, o açougueiro lava a máquina após cada uso? Pense nisto com
carinho, sua saúde agradecerá!
19 – Temperos e Azeites Embalados
Noz-moscada e pimenta do
reino em minha opinião têm que ser moídas na hora, além do sabor ser muito
melhor, você se livra de adquirir fubá ou farinha de mandioca a preço de
especiarias. Pelo mesmo motivo páprica doce ou picante só deve ser adquirida em
embalagem original do produtor. Colorau nacional não é tempero, é corante,
trata-se de fubá com óleo de urucum. Se em uma receita de origem européia for
pedido colorau, utilize páprica que é o que a receita pede. O nosso colorau é
só nosso, não existe na Europa, e lá costumam chamar páprica de colorau. E
nunca é demais lembrar que azeite de oliva por motivos óbvios só deve ser
adquirido quando embalado pelo produtor de origem e o Brasil não produz
comercialmente este produto.
20 - Bananas
A banana e o caqui são
duas frutas que sofrem maturação artificial com o gás etileno e são pulverizadas
com o antibiótico Nistatina para retardar o aparecimento na casca daquelas
pintas marrons. É uma maneira de enganar o consumidor.
21 - Leite
É um meio de cultura e
facilmente pode desenvolver bactérias nocivas ao ser humano se mantido em
temperatura ambiente ou morno. Ao tomar
um café com leite na padaria, discretamente veja se o bule do leite naquele
banho-maria junto ao balcão está bem quente, recuse se estiver morno, ou vai se
sentir mal depois e jamais culpará o café que tomou, ainda mais que tomou com
leite!
22 - Congelados
Nunca recongele um
alimento, a regra básica é esta: tirou do freezer consuma o mais rápido
possível ou jogue fora, um alimento congelado após o descongelamento terá o
processo de deterioração acelerado, lembre-se sempre disto.
23 - Enlatados
Alimentos enlatados são perigosos, porque as latas são revestidas com
BPA (Bisfenol A), que é um químico que altera a ação e quantidade de hormônios
no corpo. Tomates enlatados são especialmente problemáticos, porque a acidez
faz com que o BPA acabe indo para o alimento.
Sempre que usar
alimentos enlatados, tais como ervilhas, seleta de legumes, milho, nacionais ou
importados, jogue o conteúdo da lata em uma peneira e passe bastante água
corrente para retirar o máximo possível de conservantes e gomas.
24 - Peru
Nas festas de Natal, Ano
Novo, Páscoa e Ação de Graças é quase indispensável o tradicional peru. Mas
prefira sempre aquele bem grande, por volta de 10 kg. Peru pequeno não existe!
A indústria não abate peru antes de ele atingir um peso mínimo, financeiramente
não compensaria.
Esta ave tem uma
mortalidade alta e atualmente o preço não é alto como antigamente. Aquele peru
pequeno que você vê no supermercado, pouco maior do que um frango, na realidade
é o galo, “marido” da galinha matrizeira, ou seja, aquela que produz ovos que
darão origem aos futuros frangos. Galo depois de morto vira peru.
25 – Destilados e Cervejas
Você gosta de bebidas
destiladas, tais como Vodka, Gin, Cognac, Whisky, etc. Eu também gosto
bastante, mas fique longe das nacionais, acredite, não existem os produtos
citados acima de produção nacional, o que há é destilado de cana de açúcar,
desodorizado, em alguns casos de muito baixa qualidade, adicionado de corantes
e aromatizantes conforme o caso. Se seu bolso não permite o consumo de
destilados importados fique na cachaça de qualidade ou na cerveja. Esta última
pode acreditar, a brasileira é a melhor do mundo desde que não seja de milho.
Cerveja tem que ser de cevada. Se na composição constar “cereais não maltados”
isso quer dizer que contém milho transgênico. Cerveja tem que ser “Puro Malte”.
26 - Macarrão
Hoje em dia é o prato
básico do brasileiro rivalizando-se ao feijão com arroz, devido ao fator preço.
Um bom macarrão é feito com farinha de trigo extraída da variedade de trigo
chamada “trigo duro” infelizmente até o momento não adaptada à agricultura
brasileira, alias,
o trigo cultivado no Brasil está bastante distante das variedades comuns por
nós importadas da Argentina e do Canadá. Temos que admitir que nosso clima não
é propício a esta cultura. Portando o bom macarrão atualmente é importado da
Itália, prejudicando bastante a indústria nacional que teve que recorrer à
justiça para ter o direito de importar essa variedade de trigo e assim fazer frente
ao produto importado. Dentre os macarrões nacionais cujo rótulo cita serem
feitos com essa variedade de trigo, há bons e maus produtos. O consumidor fica
sempre numa condição extremamente difícil para avaliar a qualidade destes
produtos uma vez que a fiscalização neste caso praticamente não existe. O mais
básico é a aparência e a apresentação do macarrão depois de pronto: Turvou a
água do cozimento, tornando-a leitosa e apresentou consistência gelatinosa após
o preparo, é certo que foi adicionado amido ao produto e certamente de “trigo
duro” nada há nesta “pasta”.
27 – Recipientes e Filmes Plásticos
Você usa na sua cozinha recipientes
plásticos para armazenar alimentos na geladeira, freezer ou no micro-ondas?
Certamente que sim, todos nós precisamos deles. Pense seriamente em
substitui-los por potes de vidro, porcelana ou aço inox, considere esta
mudança, sua saúde não tem preço. Há diversos artigos circulando na Internet
alertando para a contaminação dos alimentos com a dioxina e bisfenol A,
presentes nestas embalagens. As evidências de malefícios para a saúde são
claras, de início descarte todos aqueles que são coloridos, comprovadamente
tóxicos devido aos corantes adicionados, passando a utilizar apenas os
incolores e não os use no micro-ondas, tomando o cuidado de transferir o
alimento para recipientes de vidro ou porcelana no momento do aquecimento ou
descongelamento, e vá substituindo os mesmos aos poucos, em pouco tempo você
terá recipientes mais seguros para armazenar seus alimentos.
O filme de PVC
(Policloreto de Vinila) para que seja flexível e esticável é adicionado de DEHP
(oftalato de di-(2-etil-hexila) ou DEHA (adipato de di-etil-hexila). A lei
estabelece um máximo de 3% destas substâncias na matéria plástica total. Numa
pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz todos os filmes analisados ultrapassam esta
quantidade, alcançando em média 33,17% do composto. O filme quando em contato
com alimentos gordurosos seus aditivos migram para o alimento podendo causar
câncer de fígado e baixa na fertilidade humana. Então se recomenda que queijos
e outros produtos que contenham gordura sejam embalados em papel manteiga com o
PVC ou papel alumínio sobreposto.
28 - Ovos
É obvio que somente
devemos consumir ovos frescos, mas não é isto que ocorre nos produtos expostos
na maioria dos supermercados com o agravante que a data marcada na embalagem
trata-se de data do embalo e não da postura, então o ovo que você está
comprando pode ter sido posto pela galinha muitos dias antes de ser embalado.
Percebeu o tamanho do problema? Eu já peguei ovos adquiridos em supermercado
que ao serem quebrados em casa tinham característica de ovos postados há mais
de 20 dias e a data marcada na embalagem indicava embalo 4 dias antes da
aquisição.
Ovos frescos tem a casca
opaca, não brilhante e ao serem quebrados a gema é alta bem redonda e não
espalhada e baixa, a clara deve ser límpida e translucida e formar um circulo
imperfeito ao redor da gema e não se espalhar como água. Contra a luz você
poderá ver a câmara de ar numa das pontas que deve ser pequena. Coloque um ovo
num recipiente com água, o ovo fresco deve permanecer no fundo na horizontal,
se ficar na posição vertical tem mais de três semanas e se subir à superfície é
muito velho e impróprio para o consumo.
Há uma polêmica portaria
que proíbe a manipulação de ovos crus em restaurantes. Ela é benéfica porque
sabemos que as condições e hábitos de higiene em geral não são os ideais e a
gema crua pode ser contaminada por salmonelas causando uma grave intoxicação
alimentar.
Parece-me obvio que ovos
pela simples razão do local de onde saem, antes de serem quebrados devem ser
muito bem lavados e se possível ficarem por pelo menos 30 minutos em uma
solução de hipoclorito de sódio, pode ser a popular água sanitária diluída.
Não devem ser guardados
na porta da geladeira devido ao fato deste local sofrer muita variação de
temperatura a cada vez que a mesma é aberta.
Não tome a iniciativa de
lavar todos os ovos logo que chegar a casa com a embalagem recém adquirida. Se
você fizer isto eles se estragarão muito mais rapidamente devido à remoção de
uma película que a galinha orientada pela mãe natureza colocou neles para
melhor conservá-los. Devem ser lavados somente quando forem usados.
Estes cuidados que acabo
de descrever são os corretos, eu considero errado a colocação de advertência
nas embalagens de ovo para não ser consumido cru, isto cria uma rejeição do
consumidor já tendo em mente que ovo é sinônimo de colesterol. O resultado
disto é que nos últimos dez anos no Brasil houve queda na produção de ovos por
falta de consumo (e nesse período a população aumentou!), deixando-se assim de
lado um alimento saudável e barato.
Gema de ovo crua é um
meio de cultura e é a causadora de 80% das intoxicações alimentares, portanto muito
cuidado ao manusear este ingrediente. Em primeiro lugar todos os utensílios têm
que estar muito limpos principalmente suas mãos. O processamento tem que ser o
mais rápido possível, nada de deixar pratos com gema de ovo crua por alguns
minutos em cima da mesa ou mesmo na geladeira. O princípio básico é o seguinte:
Quebrou o ovo adicione sal ou açúcar na gema imediatamente, não deixe para
adicionar estes componentes depois, por mais que sua receita diga para fazê-lo. Isto
pode ser a diferença entre uma refeição saborosa ou uma tremenda intoxicação
logo após, tenha isto sempre em mente. Em minha opinião maionese deve ser
industrializada, por melhor ou mais saborosa que seja aquela receita da sua
avó, os riscos não compensam!
29 – Transgênicos
São variedades que
possuem em seu genoma um ou mais genes de outra espécie, inseridos por
engenharia genética. Os defensores desta alteração alegam que se pretende
tornar a variedade resistente a pragas, reduzindo assim o uso de agrotóxicos, a
melhora nutricional e aumento da produtividade, etc.
A introdução de
alimentos transgênicos na natureza pode trazer sérios riscos a toda a flora e
põe em risco a saúde de agricultores e consumidores.
Só como exemplo, de que
algumas características de um produto transgênico são substancialmente alteradas:
Eu produzo um adesivo que era feito com amido de milho já há alguns anos e
recentemente as características de aditividade ficaram muito alteradas, depois
de vários testes cheguei à conclusão de que o problema apareceu após a
introdução do amido proveniente de milho transgênico. Não se trata de um
produto alimentício, mas serve como exemplo das alterações físico-químicas que
podem ocorrer neste tipo de produto e nas consequências de seu uso.
30 – Orgânicos
Promover qualidade de
vida com proteção ao meio ambiente, este é o principio básico da agricultura
orgânica. Cultivo com fertilizantes naturais, sem agrotóxicos ou inseticidas.
Combate a pragas com recursos naturais. No caso de carnes e ovos os animais são
alimentados com produtos naturais sem antibióticos ou anabolizantes.
Os produtos são mais
saudáveis e com um sabor muito melhor do que os convencionais. Alguns não são
tão graúdos e bonitos, como no caso da cenoura, mas são muito mais saudáveis e
saborosos.
São mais caros, mas a
cada dia que passa essa diferença tende a diminuir e em alguns casos já se
tornaram mais baratos. Só como exemplo na safra de arroz de 2011, todos os
produtores da cultura tradicional no Rio Grande do Sul, tomaram prejuízo devido
aos altos custos dos agrotóxicos, porém quem investiu no arroz orgânico
conseguiu ter algum lucro. Isto é o terror da indústria produtora de defensivos
agrícolas que alardeia que seus produtos são indispensáveis, chamando de loucos
os que investem na agricultura orgânica. O fato é que no Brasil e no mundo usam-se
cada vez mais defensivos agrícolas não por necessidade propriamente da lavoura,
mas sim para atender aos interesses de uma indústria química que não tem
escrúpulos em impor o uso deles, mesmo sem serem absolutamente necessários.
Em análises feitas
recentemente, a quantidade de agrotóxico presente no pimentão e no tomate é
absurdamente alta e é uma mentira deslavada a informação da acessória de
imprensa dessas indústrias de que em se lavando em água corrente a carga tóxica
é eliminada.
Lá em casa, tomates,
pimentões, morangos, cenouras, beterrabas e feijões somente adquirimos
orgânicos e estamos ampliando o leque de produtos cada vez mais.
31 – Tratamento de Alimentos por Radiação
Nos últimos anos esta
prática vem se disseminando entre os produtos que consumimos. Não há ainda a
exemplo dos transgênicos uma legislação que obrigue a constar dos rótulos dos
alimentos este procedimento.
Frutas, legumes, carnes,
farináceos e outros alimentos perdem sua capacidade de germinação e maturação,
ganhando sobrevida com esta pratica.
Entretanto o
procedimento não é tão inofensivo como alardeiam os defensores da mesma. Há
estudos onde se conclui que em alimentos contendo gorduras ocorre a formação de
2-DCB (2-dodecilclobutanona) substancia que possui propriedades citotóxicas,
gerando alterações celulares e alterações no material genético das células,
provocando alterações genéticas e câncer.
Mata as bactérias boas e
más, se por acaso o alimento for novamente contaminado a deterioração será
muito mais rápida do que ocorreria normalmente.
Está sendo usado em
maçãs, peras, mamão, batatas, cenouras, cebolas, beterrabas, mandioquinhas,
especiarias, frangos, farinhas e em muitos outros que não consegui ainda
comprovação. Você por acaso já não comprou peras que normalmente ficariam
maduras em um determinado tempo e elas acabaram murchas e podres mas não
maduras?
Mais um motivo para você
preferir os alimentos orgânicos.
32 – Soja
Este cereal contém uma
substância química natural que imita o estrogênio (hormônio feminino =
isoflavona) Estudos demonstram que este componente se consumido em excesso pode
afetar a função cerebral em homens e levar ao desenvolvimento de
características femininas tais como crescimento de seios, diminuição da libido,
esterilidade e impotência sexual. Provoca também alteração no padrão de
crescimento em crianças e acelera absurdamente o inicio da puberdade delas. No
Brasil durante a ditadura militar a soja foi enfiada guela abaixo do nosso povo
como o substituto ideal da carne bovina que na época passou a ter preços muito
altos devido à exportação maciça a um mercado externo que não impunha
restrições como hoje. Consequências do “milagre brasileiro”. Ocorre que se
difundiu por aqui que os povos do oriente a consumiam em grandes quantidades o
que não é verdade, na China e no Japão usa-se soja praticamente como tempero. O
Tofu é usado sempre em conjunto com outras proteínas e lá ninguém se entope de
leite de soja e proteína de soja como se faz por aqui.
Praticamente todo
produto industrializado a base de carne, frango e peixe, barrinhas de cereal,
rações animais, etc. é adicionado de quantidades absurdas de proteína de soja
como no exemplo do item 17, então se você consumi-los e na rua ainda costumar
fazer lanches estará sem se dar conta ingerindo uma quantidade grande deste
cereal.
Consumir soja e seus
derivados a fim de promover a saúde é bastante perigoso.
33 – Água potável
Pesquisar sobre água é
extremamente difícil. Não há leis ou regras que definam a divulgação de dados.
Na água encanada de São Paulo e Rio de Janeiro é usado o Sulfato de alumínio no
tratamento, mais precisamente na fase de coagulação. Em outro tópico deste
artigo já descrevi plenamente os malefícios do alumínio á saúde das pessoas. Em
São Paulo é adicionado o composto Fluor, adição esta efetuada contra toda a
recomendação internacional, mas a corrupção falou mais alto e a saúde do povo
foi mais uma vez deixada de lado.
Fora o detalhe do
alumínio e do fluor, a água de São Paulo e Rio de Janeiro é considerada de boa
qualidade. O problema são os vazamentos que com a interrupção do fornecimento
para reparos na tubulação, introduzem contaminação na rede.
Quanto as águas
engarrafadas não há como ter acesso a documentação sobre a qualidade. Uma
concessionária recebe a cada três anos a fiscalização da Cia. De Pesquisa de
Recursos Minerais (órgão federal) para que seja renovada a concessão da lavra.
Porém as análises efetuadas não são divulgadas ao público.
Ao consumir água
engarrafada fique atendo às informações no rótulo. Procure selecionar aquelas
com ph mais próximo de 7.0.
Procure também aquelas
que tenham a mais baixa porcentagem de sódio.
Existem no mercado águas
mineralizadas ou seja adicionada de sais, estão a anos luz da água chamada
mineral. Trata-se de água destilada com uma composição de sais minerais
adicionada. Quem lê atentamente rótulos estará livre de comprar uma pela outra.
34 - Salmão
100% desse peixe à venda
no Brasil, congelado ou não é de cativeiro. Não é fonte de Omega-3 como muitos
pensam devido a consumirem ração muito distante da alimentação natural o que
impossibilita a formação deste composto. Além disto são utilizadas quantidades
muito grandes de antibióticos e corantes. As Astaxantinas que tingem a carne do salmão são substâncias
sintéticas derivadas do Petróleo, que, em grandes quantidades, podem causar
problemas de visão e alergias e, segundo estudos recentes, podem ser tóxicas e
carcinogênicas.
O Salmão na natureza é um predador do camarão absorvendo sua cor uma vez
que seu organismo não consegue eliminar o corante do camarão.
35 - Pipoca de Cinema e Micro Ondas
Pipocas com manteiga vendidas em cinemas e pacotes para micro ondas não tem como ingrediente a manteiga e sim diacetil que é um líquido oleoso com sabor forte de manteiga. Provoca falta de ar e enrijecimento do tecido pulmonar, doença grave com risco à vida porque os sintomas são os mesmos da asma e desconhecendo a causa, é tratada como tal.
36 - Aditivos alimentares
Este é um tópico
bastante controverso, Egípcios e Romanos já os utilizavam nos alimentos. O sal
é o mais antigo aditivo, seguido do vinagre. A partir da segunda metade do
século XX a lista deles foi substancialmente aumentada com a criação de mais de
3000 substâncias usadas para este fim.
Nos tempos atuais há
mais de 1.500 aditivos aprovados pelo Codex Alimentarius criado pelas Nações
Unidas em 1963. Em 2005 seguiam esta lista 171 países representando 98% da população
mundial.
No Brasil são
controlados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, sendo que adotamos o
Sistema Nacional de Numeração (INS, International Numbering System) que são
aquelas letras seguidas de um número, citadas em todas as embalagens de
alimentos.
Como a lista é muito
extensa e de pouca serventia para quem apenas encosta literalmente a barriga no
fogão, vou me limitar a falar dos principais e daqueles que são comprovadamente
ou suspeitos de serem prejudiciais à saúde humana. Evidentemente que ao longo
do tempo alguns sairão desta lista inocentados e outros entrarão nela e antes
eram considerados inocentes, como tem sido nos últimos 50 anos.
Os aditivos são
classificados como:
Corantes
(C)
Aromatizantes
Conservantes
(P)
Antioxidantes
(A)
Estabilizantes
(ET)
Acidulantes
(H)
Edulcorantes
Espessantes
(EP)
Umectantes
(U)
Antiumectantes
(AU)
Espumíferos
Antiespumíferos
(AT)
Clarificantes
Emulsificantes
Antiaglutinantes
Corantes (C)
São usados para dar a
cor correspondente ao sabor mencionado no rótulo, um refrigerante de laranja
que fosse apresentado incolor, teria pouco sucesso comercial. São estes os
principais:
Naturais:
INS 100 - Curcumina
- Dá a cor amarela e é extraído do rizoma da Curcuma, nada constando contra
ele. É usado em macarrão, temperos e doces.
INS 150 - Caramelo
- Dá a cor caramelo amarelo escuro a marrom escuro ou preto, há vários tipos de
processos de produção:
INS 150a
– Caramelo simples
INS 150b
- Caramelo sulfito cáustico
INS 150c
– Caramelo amônia
INS 150d
– Caramelo sulfito/amônia
Este último é
comprovadamente cancerígeno sendo recentemente proibido seu uso no Estado da
Califórnia (EUA).
Aumenta a resistência à
insulina e consequentemente o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2. É
extraído do açúcar e nada mais é do que o açúcar queimado que você faz em casa,
só que em produção uniforme ele sempre mantém a mesma cor e aroma e o que você
faz em casa, depende de uma série de fatores e varia muito em cor, sabor e
concentração. Está presente em refrigerantes, cervejas, vinagres, shoyo, etc.
Novamente quem lê rótulos conseguirá se livrar dele.
INS 160b - Urucum
- Dá a cor vermelha escura, é extraído da semente do Urucum, nada constando
contra ele. É usado em molhos de pimenta, temperos, salsichas e no famoso
Colorau.
INS 141 - Clorofila
- Dá a cor verde, é o corante mais abundante na natureza, extraído de diversas
folhagens ou cereais. Empregado em balas, sorvetes, macarrão, sopas em pó,
bebidas. Nada constando contra seu uso.
INS 171 - Dióxido de
titânio - Dá a cor branca, é um mineral,
largamente empregado em diversos setores além do alimentício. Nada há contra
seu uso, está presente em adoçantes artificiais, refrescos em pó, temperos
prontos etc.
INS 120 - Vermelho
violeta - É extraído do extrato seco do
inseto coclus cactis, parasita de cactus, pode provocar alterações no DNA
levando ao câncer e é empregado em laticínios, doces, geleias, sorvetes e
bebidas.
Até aqui falamos apenas
dos principais corantes considerados naturais, agora vou citar alguns que são
totalmente artificiais.
Artificiais:
INS 123 – Amaranto
– Dá a cor magenta, deve ser evitado por pessoas sensíveis à Aspirina. É
proibido em vários países. Usado em balas, laticínios, geleias e recheios.
INS 127 – Vermelho
eritrosina – Dá a cor Pink ou Rosa Choque.
Contém Iodo, provoca aumento de hormônio tireoidano causando hipertireoidismo.
Empregado em pós para gelatinas, laticínios, refrescos e geleias.
INS 124 – Ponceau 4R
– Dá a cor Cereja – Não deve ser usado em pessoas sensíveis à aspirina. Causa
anemia e glomerulonefrite renal. É usado em frutas em calda, laticínios, balas,
refrescos, refrigerantes e sobremesas.
INS 129 - Vermelho
allura ou Vermelho 40 - Dá a cor vermelha alaranjada,
considerado cancerígeno, causa hiperatividade em crianças, eczema e dificuldades
respiratórias. Usado em sorvetes, gelatinas, sobremesas, sucos, recheios,
xaropes para refrescos, refrigerantes e geleias.
INS 102 - Amarelo
tartrazina - Dá a cor amarelo ovo ou amarelo
limão e participa com o INS 133 - Azul brilhante na formação da cor verde em
gelatinas, confeitos, doces, sorvetes, sucos, iogurtes, bebidas e sobremesas. Portanto
não o procure apenas em produtos da cor amarela, os verdes também podem conte-lo.
Este talvez seja o aditivo alimentar mais combatido e polêmico: Há inúmeras
pessoas que apresentaram alergias, dificuldades respiratórias, etc. Seu uso
continua permitido, apenas se cogita em colocar uma observação nas embalagens
dos produtos que o usam, prevenindo o usuário de seus efeitos colaterais, o que
já é feito no setor farmacêutico. O número de pessoas que são alérgicas a esta
substância é tão grande que há até blogger na internet alertando sobre os
perigos deste corante. A maior parte das vítimas deste corante também são
alérgicas a Aspirina, portanto se você é alérgico a Aspirina, cuide-se quanto a
este corante. Testes recente comprovaram que causa insônia em crianças.
INS 110 - Amarelo
crepúsculo -
Dá a cor Laranja. Usado em refrescos em pó, gelatinas, salgadinhos,
bebidas, balas, laticínios e goma de mascar. Há relatos de casos isolados de
alteração comportamental atribuído a este corante. Pode causar alergia,
urticária e problemas gástricos. Há casos que a fiscalização encontrou no lugar
dele citado na embalagem, o vilão maior: INS 102 - Amarelo tartrazina, talvez por
este último ser mais barato, este comportamento da indústria prejudica muito as
pessoas alérgicas a este corante.
INS 132 – Azul
indigotina – Dá a cor azul Royal. Está associado
a náuseas, hipertensão, alergias e problemas respiratórios. Usado em laticínios,
balas, queijos, gelatinas, licores, goma de mascar e pó para refrescos
artificiais.
INS 133 - Azul
brilhante – Dá a cor azul turquesa. Participa
junto com o INS 102 - Amarelo tartrazina na composição da cor verde em
gelatinas, bebidas, refrigerantes, doces, queijos, pipocas etc. Provoca irritações cutâneas e contrição brônquica. É associado a
hiperatividade em crianças, eczemas e asma. Banido da Alemanha, Áustria, França, Bélgica, Noruega, Suécia e Suíça.
Aromatizantes
São os aditivos que
conferem ao alimento o sabor e odor característico. Há uma infinidade deles,
praticamente todos os sabores e odores da natureza têm o seu correspondente
artificial. Há alguns que são extraídos de produtos naturais, é o caso do
limão. Aroma de limão é sempre natural, pena que não se pode dizer o mesmo
quanto aos outros. Há alguns aromas naturais que são tão pessimamente
manipulados que seu correspondente artificial se torna mais saudável.
Os compostos químicos
que entram na composição de um aroma artificial são de diversas procedências,
ou sejam: vegetais, animais, minerais e puramente químicos. A lista é muito
extensa e não há restrição especificamente a um componente e sim casos de
alergia que geralmente não se consegue isolar o componente que a causou.
Conservantes (P)
São substâncias que
retardam a deterioração orgânica e enzimática dos alimentos, evitam processos
de acidificação e putrefação que ocorreriam inevitavelmente em um curto espaço
de tempo. Vou comentar aqui os mais usados porque a lista é bastante extensa.
INS 280 – Ácido
propiônico – É usado em pães industrializados.
Pode provocar reações alérgicas em algumas pessoas.
INS 300 - Ácido
ascórbico - Trata-se da Vitamina C sintética,
usada em queijos, iogurtes, bebidas não alcoólicas, vegetais congelados, etc. Vendido
também em comprimidos para suplementação alimentar. Não há nenhuma restrição a
este composto.
INS 270 - Ácido
lático - É extraído da lactose ou da glicose
por meio enzimático e é usado em fermentos em pó, margarinas, maioneses,
produtos light, iogurtes. Provoca câimbras em algumas pessoas e distúrbios
alimentares em quem tem intolerância à lactose.
INS 210 e 211 -
Benzoato de sódio ou Ácido Benzoico – Derivado do Benzol,
solvente altamente prejudicial à saúde humana. É usado em pães, farinhas,
condimentos preparados, leite de coco, shoyo. Em refrigerantes de sabor cítrico
costuma ser acompanhado do INS 300 – Ácido Ascórbico que em ambiente quente
sofre uma reação que o transforma em Benzol principalmente nos tipos diet, uma
vez que o açúcar inibe essa reação. Nossas autoridades competentes estão
cientes do problema e já tomaram uma providência: Deram o prazo de 5 (cinco) anos
para a indústria substituir este conservante! Há estudos também associando-o a
hiperatividade em crianças e alterações no metabolismo.
INS 214 –
p-Hidroxibenzoato de Etila – Causa reações alérgicas. Usado em
pikles.
INS 218 –
p-Hidroxibenzoato de Metila – Causa reações alérgicas. Usado em
pikles.
INS 220 – Dióxido de
Enxofre – É usado em vinhos, vinagres, pikles
e frutos do mar. Causa reações alérgicas, perda de Vitamina B 1
INS 221 – Sulfito de
Sódio – É usado em açúcar refinado,
geleias, sucos, refrigerantes, pikles e vinhos. Causa reações alérgicas e perda
de Vitamina B 1.
INS 222 – Bissulfito
de Sódio – É usado em açúcar refinado,
geleias, sucos e refrigerantes. Causa reações alérgicas, perda de Vitamina B 1.
INS 223 –
Metabissulfito de Sódio – É usado em açúcar refinado, geleias,
cervejas, sucos e refrigerantes. Causa reações alérgicas, perda de Vitamina B
1.
INS 226 – Sulfito de
Calcio – É usado em açúcar refinado,
geleias, refrigerantes, pikles e vinhos. Causa reações alérgicas e perda de
Vitamina B 1.
INS 235 – Natamicina
– É usado em queijos. Forma bactérias resistentes a antibióticos.
INS 249 e 250 -
Nitrito de Sódio - É usado em lingüiças, salsichas,
carnes preparadas, bacon, presuntos quase sempre em associação com o INS 251 -
Nitrato de Sódio. Tem efeito vasodilatador, tóxico para bêbes. Pode formar
nitrosaminas, por isso é considerado cancerígeno e ultimamente vem sendo
adicionado ao Frango Resfriado para aumentar seu tempo na gôndola dos
supermercados, esta é a razão da restrição que faço no Tópico nº. 8 lá em cima.
INS 251 - Nitrato de
sódio - As mesmas aplicações e restrições ao
INS 249 e 250 - Nitrito de sódio, sendo usado quase sempre em conjunto com ele.
Antioxidantes (A)
São compostos que
previnem a oxidação dos alimentos em reação com o oxigênio do ar. O sal de
cozinha ou cloreto de sódio pode ser considerado o mais antigo antioxidante. O
açúcar quando adicionado a geléias, compotas e doces em geral também é
considerado um antioxidante.
INS 310, 311 e 312 -
Galatos de propila - Usados em margarinas, gorduras
vegetais e óleos vegetais. É instável em altas temperaturas o que pode provocar
câncer principalmente em crianças. Provoca reações alérgicas e em laboratório
interfere na reprodução de cobaias. Causa irritação gástrica na melhor das
hipóteses.
INS 321 - BHT
- É usado em conjunto com o INS 320 - BHA. Está presente em óleo de soja
e óleos de girassol e milho quando mal refinados, margarinas, gorduras
vegetais. Tem ação tóxica sobre o fígado. Por ser lipossolúvel se armazenam nos
tecidos por longo tempo. Interferem na coagulação sanguínea e a International
Agency for Research of Cancer considera estes dois conservantes potencialmente
cancerígenos. Por isto faço restrição no Tópico nº. 10 ao Óleo de soja.
INS 385 e 386 - EDTA
- É um antioxidante usado para seqüestrar minerais como ferro e cobre que
provocariam a deterioração em maioneses, molhos, etc. No organismo se liga a
íons de metais o que pode ser benéfico em alguns casos (manganês e mercúrio)
mas extremamente danoso em outros (cobre, zinco e níquel). É acusado de causar
descalcificação e redução na absorção de ferro.
Estabilizantes (ET)
Asseguram as características
físicas de emulsões, suspensões, etc., sendo usados largamente em conservas,
doces, sobremesas, sopas, caldos, sorvetes e achocolatados. Nos sorvetes
impedem a formação de cristais de gelo durante o transporte.
INS 322 - Lecitina
– Extraída da soja depois da extração do óleo, é um subproduto que contém
níveis altos de solventes e pesticidas.
INS 406 - Agar
- É usado em presuntos e sorvetes. Pode provocar diarréia em pessoas sensíveis.
Acidulantes (H)
Intensificam o gosto ou
sabor ácido nos alimentos.
INS 330 - Ácido cítrico
- Extraído de frutas cítricas, não constam restrições ao ser humano. É usado em
refrigerantes, leite de coco, temperos, picles e laticínios. Não constam
restrições ao consumo humano.
INS 260 - Ácido
acético - Tem odor de vinagre, mas não tem o
bouquet de um vinagre de vinho por exemplo. É usado em picles, molhos, legumes
em conserva, etc. Há relatos de casos de cirrose hepática associados ao consumo
desta substância. Causa descalcificação nos dentes e ossos. Tem a função de
conservante também.
INS 338 – Ácido
fosfórico – O menor dos males que ele provoca
são cálculos renais. Rouba cálcio do organismo humano causando descalcificação
e osteoporose. Está presente em refrigerante sabor cola e tão somente neste.
Edulcorantes
Conferem o sabor doce ao
alimento sem terem o açúcar na composição.
São usados principalmente em produtos dietéticos.
INS 954 - Sacarina
- 500 vezes mais doce que o açúcar. Sempre foi acusada de ser cancerígena,
chegou a ser retirada de produção e posteriormente liberada.
INS 952 - Ciclamato
de sódio - 30 vezes mais doce que o açúcar. Também
foi acusado de ser cancerígeno, chegando a ser proibido no Brasil.
É usado sempre em
conjunto com o INS 954 – Sacarina. Ocorre que aqui no Brasil estes dois
edulcorantes foram proibidos mais por lobby da indústria do açúcar do que por
comprovação científica de ser prejudicial à saúde humana, portanto foi muito
fácil a liberação deles posteriormente.
INS 951 - Aspartame
- 200 vezes mais doce que o açúcar. Descoberto acidentalmente no final da
década de 60. Quando aquecido acima de 30 graus se degrada transformando-se em
ácido fórmico, metanos e formaldeído causando alucinações e dor de cabeça em
algumas pessoas. É suspeito de causar tumores cerebrais. Foi lançado no mercado
sem nunca ter sido testado em humanos. Há uma patologia (Fenilcetonúria) em que
o organismo é incapaz de assimilar a Fenillanina, neste caso o individuo não
pode consumir Aspartame. Trata-se de produto que deve ser evitado.
INS 950 - Acessulfame
K - 200 vezes mais doce que o açúcar. É suspeito de causar
câncer de tireoide. É usado mais em balas e chicletes sempre associado a outros
edulcorantes.
INS 960 - Steviosídeo
- 300 vezes mais doce que o açúcar. Extraído de uma planta nativa do Paraguai, a
Stevia. Reduz a fertilidade humana, sendo acusada de provocar o nascimento de
crianças de baixo peso. A planta que se origina é usada no Paraguai como
anticoncepcional. Não é reconhecido internacionalmente como edulcorante.
INS 955 - Sucralose
- 600 vezes mais doce que o açúcar. Extraído do próprio açúcar de cana. Foram
feitos inúmeros estudos nos últimos 20 anos e não se comprovou qualquer
restrição mesmo em altas doses. Não tem calorias, não tem efeito na secreção de
insulina, pode ser usado por diabéticos, grávidas e crianças. Fique atento que
a maioria das marcas comerciais o apresentam em associação com outro
edulcorante, rejeite sempre estes produtos, preferindo os 100% Sucralose.
Nunca é demais lembrar
que seja qual for o adoçante ou a marca que você decidir usar, prefira sempre a
versão liquida, uma vez que a versão de saquinhos (todos) contém lactose. E
lactose nada mais é do que açúcar de leite.
Espessantes (EP)
São substancias capazes
de aumentar a viscosidade de soluções, emulsões e suspensões, melhorando a
textura e consistência de alimentos que a contenham.
INS 466 -
Carboxmetilcelulose sódica - Aumenta muito de volume na presença
de solução aquosa. É extraída da celulose. Causa irritação na mucosa intestinal.
INS 414 e 415 - Gomas
- São usadas em sorvetes, sopas, creme de leite, geléias, etc. Não são
absorvidas pelo organismo humano e impedem a absorção de algumas vitaminas. Usadas
também como estabilizantes.
INS 407 – Carragena
– É derivado de algas do tipo rodophyceae, usado em sucos, molhos e leites
aromatizados. Pode ser usado em produtos frios e quentes, no caso do leite se
liga à caseína e forma gel em concentrações muito baixas. Há um estudo da Dra.
Joanne Tobacman do Iowa College of Medicine que afirma que ele pode penetrar
nas células e leva-las à morte, em linguagem leiga você deve entender que causa
câncer.
Umectantes (U)
São produtos que tornam
o alimento mais macio, suave e não agressivo ao ser deglutido.
INS 422 - Glicerina
- Largamente usada em bolos, pães, panetones e até em cachaças, para suavizar a
passagem do líquido pela garganta. É largamente usada em diversos tipos de
indústria. Não há restrições ao seu uso para consumo humano.
INS 480 – Dioctil
sulfosuccinato de sódio – Usado em sucos embalados que o
consumidor adquire pensando conter somente suco da fruta que está no rótulo.
Causa distúrbios gastrointestinais.
Antiumectantes (AU)
São produtos adicionados
para impedir a absorção de água e conseqüente alteração de comportamento dos
alimentos.
Lactose
- É o açúcar extraído do leite, é adicionada aos adoçantes artificiais em pó,
mas é calórica. Praticamente 50% da população européia adulta é alérgica à lactose
e praticamente 100% da população asiática também o é. Atenção: Se você é
alérgico a ela e toma adoçante de saquinho, está se envenenando.
INS 504i - Carbonato
de magnésio - É usado no sal refinado. É extraído
do próprio sal. Não há restrições ao consumo humano.
INS 535 –
Ferrocianato de sódio - INS 538 – Ferrocianato de cálcio
- INS 536 – Ferrocianato de potássio – É também agente anti-aglutinante,
sendo usado no sal refinado e em misturas preparadas de alimentos. Estes três
causam simplesmente intoxicação nos rins e são usados também como antiaglutinantes.
Espumíferos
São substâncias que
interferem na tensão superficial dos alimentos com o propósito de gerar espuma
estável.
INS 405 - Alginato de
propileno glicol - É o agente que provoca a espuma na
sua cerveja. Pelo menos neste não há restrições ao consumo humano, para sorte
dos que gostam de uma cervejinha diária, uma vez em cada hora.
Antiespumíferos (AT)
São substâncias que
modificam a tensão superficial dos alimentos evitando a formação de espuma.
Clarificantes
São substâncias que
retiram a turbidez dos líquidos, vinhos, vinagres etc. passam sempre por este
processo.
Emulsificantes
São substâncias que
impedem a quebra molecular de uma emulsão ou seja impedem que um produto
emulsificado desande.
Clara de ovo
- Talvez o mais antigo emulsificante, por ser uma albumina não há restrições ao
consumo humano.
INS 322 - Lecitinas
- Extraídas da soja, com as consequências desta origem que são detalhadas no
item 31.
Antiaglutinantes
São substâncias que
impedem a solidificação de alguns produtos em pó.
INS 551 - Dióxido de
silício - Basicamente é areia, muito fina e
homogênea. Evita a formação de grumos em farinhas, sal refinado e Misturas para
bolos, que depois de algum tempo na prateleira se transformariam num tijolo.
Não há restrições ao consumo humano.
Outros aditivos utilizados
Além dos citados acima
há alguns que não se classificam nas divisões tradicionais.
Agentes de brilho,
são usados para dar aparência brilhante em tortas de frutas, alimentos à base
de ovos, ketchup e mostarda.
INS 621 - Glutamato
monossódico - Este é o maior vilão. Provoca dor
de cabeça e náuseas numa parcela grande da população mundial. Ele reforça o
sabor dos alimentos usando o seguinte subterfúgio: Dilata as papilas gustativas
da sua língua para que você tenha uma percepção mais forte de sabor. A sua
presença denuncia matéria prima de baixa qualidade. Eu já o encontrei até em
bolachas de amendoim! Até há pouco tempo era extremamente difícil fugir dele,
pois praticamente todo alimento industrializado o continha. Devido a grande
pressão de consumidores, parte da indústria (aquela que respeita o consumidor)
o está eliminando de suas formulas e já é possível adquirir vários produtos
livres desta substância. Quem costuma ler rótulos faz boa escolha.
É um produto que reduz a
absorção de glicose através dos neurônios, provocando aumento de peso por
causar insaciabilidade ou seja: Você nunca fica satisfeito desejando sempre
comer mais.
Leve também em conta que
todos os derivados do sódio como este último aumentam a pressão arterial de
quem tem esta tendência.
Não pense que você
deixando de usar qualquer produto industrializado estará livre das mazelas e
malefícios citados aí em cima.
Numa visita à feira você
comprará laranjas e limões totalmente verdes, mas que foram pintadas com uma
tinta de cor laranja ou amarela, além de ceras utilizados na casca, ou você
pensa que laranjas, maçãs e outras frutas no pomar têm aquele brilho que você
vê na feira ou supermercado?
Há também as batatas
impregnadas de antibióticos para que não apodreçam, assunto mencionado no
Tópico de nº 12.
Para seu consolo cito
aqui uma frase do Dr. Alessandro Loiola: “Você já foi condenado à morte desde o
momento que nasceu!”
Silvio
A. Neves - São Paulo
Maio
/ 2006
silvioaneves@gmail.com
1ª
revisão em 27-11-2008
2ª
revisão em 14-04-2010
3ª
revisão em 12-05-2012
4ª
revisão em 26-10-2013
5ª
revisão em 28-05-2019
Publicado
em http://entresseio.blogspot.com
em 15-05-2006
Publicado
em http://entresseio2.blogspot.com
em 12-05-2012
Bibliografia:
Atkins, Robert C. – A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins
– Artenova – Rio de Janeiro – 1977
Bomtempo, Dr. Márcio – Relatório Orion – L&PM – Porto
Alegre – 1985
Bomtempo, Dr. Márcio – Receitas Para Ficar Doente – Hemus
– São Paulo – s/d
Danonas, Magno – A Horta em seu Apartamento – Ground –
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Dufty, William –
Sugar Blues – Ground – São Paulo – 1975
Hall, R. H. – Aditivos Alementares no Contexto do Século
XX – Alternativa – São Paulo – 1976
Gonçalves, Paulo Eiró – Livro dos Alimentos – MG Editores
- 2002
Loewenthal, Hans – Nossa Horta – Melhoramentos – São
Paulo – s/d
Morelli, Miriam – Horta Caseira – Ediouro – São Paulo –
1978
Seymour, John – Guia Prático da Auto-Suficiência –
Martins Fontes – São Paulo – 1983
Simão, Antovia Mattos – Aditivos para Alimentos sob
Aspecto Toxicológico – Nobel – São Paulo – 1985
1
Sundram K, Karupaiah T, Hayes K.. (2007). "Stearic acid-rich
interesterified fat and trans-rich fat raise the LDL/HDL ratio and plasma
glucose relative to palm olein in humans.".
Saiba mais:
Trigo nacional e
importado:
Plásticos, Dioxina e
Bisfenol B:
http://www.riosvivos.org.br/Noticia/Filme+de+PVC+pode+contaminar+alimentos+e+prejudicar+a+saude/3763
http://www.riosvivos.org.br/Noticia/Filme+de+PVC+pode+contaminar+alimentos+e+prejudicar+a+saude/3763
Gordura trans:
Frango temperado:
Molho de tomate:
Açucar:
Café:
Água Potável
Caldos industrializados:
Carragena:
Óleo:
Sal:
Panelas de alumínio:
Ovos:
Transgênicos:
Orgânicos:
Soja:
Aditivos alimentares:
Adoçantes:
Polimento e aplicação de
cera em frutas:
Glutamato monossódico:
Salmão: